D. Madalena

A personagem D. Madalena de Vilhena da obra Frei Luís de Sousa, é uma personagem central na obra no sentido que as suas ações, escolhas e sentimentos estão na base de todo o desenvolvimento da obra.

D. Madalena é supersticiosa, incompreendida é uma personagem romântica e trágica, frágil e fraca. Como esposa é apaixonada e ansiosa, como mãe é preocupada e protetora.

Como uma mulher tipicamente romântica que presa a emoção e a razão que se fundamenta em superstições e vive perturbada pelos seus medos, assombrada pelos seus pecados e pela figura do seu antigo marido, D. João de Portugal. É uma mãe bastante preocupada e tenta proteger ao máximo a sua filha Maria de tudo o que a possa afastar de si, seja a morte, seja a desonra, seja o próprio pecado que está representado na mesma, aos olhos da sociedade da época. É perdidamente apaixonada pelo seu marido e anseia por ele sempre que se afastam. É bastante frágil e fraca no que toca a lidar com os seus sentimentos mais profundos, nascidos dos seus medos pelo passado, pelo futuro, por um destino que ela teme conhecer.

Por fim, pode dizer-se que D. Madalena é uma personagem caracteristicamente rica e complexa, com uma personalidade densa e triste, tal como a sua própria existência.

Sara, Sofia S, Alice, Jessica


O Romeiro e o sebastianismo

Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett conta-nos a história de Madalena casada com Manuel de Sousa Coutinho, tendo juntos a filha Maria. Madalena vive atormentada com o regresso do seu primeiro marido D. João de Portugal de na Batalha de Alcácer Quibir.

O Romeiro entra no segundo ato na cena XIII, na cena XIV diz que conheceu D. João, que esteve desaparecido durante 21 anos, enquanto esteve em peregrinação, e traz uma mensagem para Madalena : " Ide a D.Madalena de Vilhena, e dizei-lhe que um homem que muito bem lhe quis... aqui está vivo...por seu mal !...e daqui não pode sair nem mandar-lhe novas suas, de à 20 anos que o trouxeram cativo". Assim Madalena fica a saber que D. João está vivo, ficando em pânico .Obtém mais uma confirmação quando o Romeiro identifica corretamente uma imagem de D. João. Na cena XV, embora Madalena fique na dúvida se o Romeiro é o seu anterior marido, Jorge tem a certeza pois quando este o questiona sobre a sua identidade, este responde-lhe "Ninguém !". Este "ninguém" simboliza a sua morte pois todos à sua volta seguiram em frente , como se de facto ele estivesse morto. No terceiro ato, cena V, Telmo reconhece pelas palavras do Romeiro que D. João devia ter morrido quando a sua mulher o deu como morto.

Maria insere na peça o conceito de Sebastianismo no primeiro ato, cena III. O Sebastianismo é a lenda que evolui para mito, criada pelo povo, na esperança de que D. Sebastião, desaparecido na Batalha de Alcácer Quibir, regressaria numa manhã de nevoeiro no seu cavalo branco, para devolver a independência nacional, até então no controlo dos Filipes.

O Romeiro realiza a ideia do Sebastianismo, pois regressou da batalha de Alcácer Quibir.O seu regresso foi trágico, trouxe angústia dor e sofrimento à sua família.

Concluindo, o Romeiro aplica do anti-sebastianismo pois o seu regresso para além de não ser esperado, não era benefício para as pessoas à sua volta. Enquanto no caso de D. Sebastião, o seu regresso era bem-vindo e levaria à salvação do país.

 

Tiago e Laura


Personagens e características:

Maria

Filha de Madalena e Manuel De Sousa Coutinho; crescimento precoce e maturidade para a idade; doente e débil:

"...e, além de tudo o mais, bem vês que não é uma criança...muito...muito forte"- [ I2, P.12 ]; bondosa; culta:

" Menina e moça me levaram de casa de meu pai >> - é o principio daquele livro tão bonito que minha mãe diz que não intende; intendo-o. eu! [ ll, 1 , P. 53 ]; pressente a desgraça.

Telmo:

Escudeiro; Personagem Sebastianista.

D. João De Portugal:

Feito cativeiro em Alcácer Quibir e prisioneiro em Jerusalém durante 20 anos;

Regressa ao fim de 21 anos de ausência, na figura de Romeiro.

Relação entre Telmo e Maria:

Escudeiro, amigo e  confindente, por quem Maria sente respeito e carinho, vendo nele um pai, uma proteção. Nutre por Maria uma afeição superior á que tem por D João:

" É que o amor destroutra filha, desta última filha, é maior, e venceu...venceu...apagou o outro..."
Relação entre Telmo e D. João:

Personagem Sebastianista que sempre duvidou da morte do seu amo;" a que se apega esta vossa credulidade de sete...e hoje mais catorze...vinte e um anos?"
Relação entre D. João e Madalena:

Primeiro marido de Madalena, esposa que o amava (?).

Bárbara L, Diana, Inês, Vanderley