Alguns alunos visionaram todo o documento e produziram um comentário breve, que fica aqui
Achei estas cinco partes do documentário excelentes , dá para perceber muito melhor como era a vida de Eça de Queirós, sabemos que Eça não passou a sua infância com os pais mas sim com os avós paternos, mas depois acabou por ir para o Colégio da Lapa no Porto.
"Os Maias" estão mais ou menos a contar a história de vida de Eça, pois tal como Carlos (personagem dos Maias) vive só com a identidade masculina o seu avô, tal como Eça, antes de ser mandado para o colégio.
Eça de Queirós, fez parte do grupo da "Geração de 70" onde conheceu alguns futuros escritores e poetas, tais como Teófilo Braga, Ramalho Ortigão, que acaba por ser um grade amigo para Eça.
Na segunda metade do século XIX, foi a época mais importante do romance, foi a época de um novo tipo de romance, acabando Eça por ser considerado o nome mais importante desse tipo de romance em Portugal. Destacou-se pela originalidade e riqueza do seu estilo e da sua linguagem. escrevia de maneira mais simples, através de frases mais curtas.
Cláudia Fanrinha, 11º G
Eça e a sua obra são marcadas por várias características, entre as quais as grandes críticas ao romantismo (sentimentalismo exagerado ) , assim como um demasiado envolvimento da igreja e religião que não permitia o avanço do país.
Eça é filho ilegítimo, vive por isso com os avós, no seio de uma família fragmentada , sendo isto retrato em "Os Maias". No entanto, ao contrário de outros escritores, não se deixe afogar em mágoas, muito pelo contrário, é nesta obra que projeta muitos dos seus fantasmas caricaturado-os. Como membro da geração de 70, tal como Antero de Quental, tinha como objetivo mudar o curso do país " enterrando" o romantismo no mesmo momento onde nasceria o realismo e naturalismo. A sua viagem pelo Egito e à terra santa é outro dos fatores que marca a vida do autor pois irá o influencia-lo a trocar a visão romântica pelo cânone real.
Quanto à pertinência da sua obra para os dias de hoje, esta satiriza a vida política e social do Portugal da época ( de forma tão mordaz, que talvez seja por essa razão que a obra não tenha sido um sucesso imediato assim como outro títulos do escritor, por exemplo "O primo Basílio "), por esta razão está condenada a grande modernidade porque muitas figuras, ministros , juizes ou jornalistas ainda desempenham as mesmas funções sobre semelhantes condições.
"Os Maias " , segundo vários inquéritos, é considerada uma obra prima da literatura portuguesa , atingindo as 20000 reedições por ano, o que mais uma vez ajuda a comprovar a sua relevância e popularidade nos dias de hoje .
Tiago Sacramento, 11º G
Eça de Queirós nasceu na Póvoa de Varzim, em 1845 e morreu a 1900. Foi um dos maiores escritores portugueses. Filho de um casamento ilegítimo, criado pelos avós até aos 10 anos e depois foi estudar para o colégio interno no Porto.
Eça fez parte da geração de 70, um movimento académico de Coimbra, contra o liberalismo e a política romântica dando início ao realismo.
Em 1880, começou a escrever o grande livro, Os Maias, em 1888 foi publicado. Este livro aborda 3 gerações da família Maia, sendo a personagem principal Carlos, a terceira geração. Carlos foi criado pelo avô tal como o autor da obra. Eça de Queirós retratou um pouco a sua pessoa nessa personagem valorizando muito o avô. Está obra também crítica a sociedade portuguesa da época e ainda desvaloriza muito as mulheres sobre pondo os homens.
Na altura da publicação, Os Maias não foi valorizado pois satirizava demasiado Portugal, na época o país era desenvolvido e não merecia este exagero. Embora anos mais tarde tenha sido considerado umas das obras primas nacionais. Esta obra está relacionada com os séculos XX e XXI, retratando os nossos dias em níveis sociais, políticos e alguns comportamentos da sociedade.
Laura Bacalhau, 11º G
José Maria de Eça de Queiroz, nascido a 25 de Novembro de 1845, fez parte da Geração de 70, do Cenáculo e dos autodenominados Vencidos da Vida. No entanto, é considerado um símbolo da Pátria, o que segundo o documentário “Grandes Livros” da RTP, não é nada mau para um vencido da vida.
Nas suas obras, Eça de Queiroz atinge todas as faixas etárias com a sua Critica e sátira, entre elas alguns nomes mais conhecidos são “O Primo Basílio”, “O Crime do Padre Amaro” e “Os Maias”.
Publicados em 1888, “Os Maias” tornam-se um fracasso na época, devido talvez à sua forte sátira. Este livro, que se foca em três gerações da família Maia, torna visível as comparações entre Eça e Carlos da Maia, uma vez que ambos têm uma família pouco tradicional, onde o seu maior pilar é o avô, e quando ambos fazem parte da Geração de 70, contra o romantismo, quando na verdade são os próprios românticos. A escassa presença feminina na vida de ambos também é essencial para a crítica que Eça de Queiroz faz às mulheres, em “Os Maias”, onde culpa o seu sentimentalismo e romantismo pela educação que o Portugal Romântico apresenta.
Vive a maior parte da sua vida fora do país, e é após casar a 10 de Fevereiro de 1886, que se muda para a Inglaterra, onde acaba por escrever “Os Maias”. Tal como os seus outros romances, este também retrata a vida política do século XIX e a estagnação do país. Utiliza a ironia e a caricatura para criticar este Portugal do século XIX. Em “Episódios da Vida
Romântica”, o subtítulo de “Os Maias”, Eça explica o livro, ainda que enigmaticamente, quando em vez de falar da família Maia e do amor da vida de Carlos, este fala sobre a vida politica em Portugal – Romantismo.
Nos dias de hoje, a obra de Eça continua atual, mesmo após 130 anos, principalmente quando se percebe que ainda não se dá uma grande importância à educação e que se rejeita a originalidade do nosso país, para copiar os países do Norte da Europa, no documentário visionado há quem afirme que “A sua obra é sempre contemporânea do Futuro”.
Morre em França, a 16 de Agosto de 1900. Após a sua morte, os Maias ganharam o estatuto de uma das melhores obras do séc. XIX a nível, não só nacional, como internacional, e apesar de todas as sua críticas ao Romantismo, e de se afirmar um Realista, é conhecido como um do melhores românticos do século XIX.
Daniela Dias, 11ºF
Sofia Vitoriano, 11º G
Eça de Queirós é caracterizado como um bárbaro da literatura e é acusado de exógeno e caracterizava-se como um pobre homem da povoa de Varzim. Teve uma vida complicada, não viveu com os seus pais, não conheceu a família, morou com os avós paternos até aos 10 anos e, mais tarde, foi estudar para um colégio interno. Viveu com poucas mulheres no seu quotidiano e só casou com 40 anos.
Nas suas obras, Eça reflete uma experiência biográfica da vida pois, raramente encontramos uma família estruturada com mãe, pai e filho(s). Este dá bastante importância na sua escrita à educação, à igreja e à condição da mulher que tem vícios do romantismo, melancolia, sensibilidade extrema, uma visão demasiado emocional do mundo e idealista, e, podemos ver isso nas personagens Maria Monforte e Condessa de Gouvarinho. Como o narrador diz, ninguém está a salvo da caricatura de Eça, homens, mulheres, adolescentes e crianças, que surpreendiam defeitos de comportamentos cuja razão de ser era a música romântica, educação romântica, literatura romântica e convivialidade romântica.
"Os Maias" é caracterizado por um livro extenso, grosso, volumoso e o maior dos romances da literatura portuguesa. Nesta obra, Eça não pretende contar a história trágica de uma família nobre, mas sim, falar sobre o episódio da vida romântica e Portugal inteiro. Aquilo que se procura mostrar é um fresco de Portugal ainda romântico, construído pela burguesia romântica, Portugal constitucional, burguês e geração de 70. O objetivo também era criticar Portugal, que tinha pecados, como a educação, a sociedade e a igreja e fazer uma reflexão sobre o romantismo pois, ele próprio o era. O livro tem traços típicos do seu pensamento, da importância da educação e o anticlericalismo (inimiga da modernidade, muito claro nos romances de Queirós). Podemos observar uma figura paterna, o avô, que é a figura tutora para Carlos da Maia, uma personagem que transportava alguns traços da figura de Eça, impulsividade, gosto pela cavaqueira e conversador.
Catarina Santos, 11ºF
Existem 5 personagens neste episódio: Ega (quem mais se destaca), Carlos da Maia, Craft, Cohen, Tomás de Alencar e Dâmaso, todos bons amigos, especialmente Carlos e Ega que são melhores amigos, e Carlos descobre que Alencar conhece o seu pai.
Neste jantar podemos ver que Ega defende o Realismo/Naturalismo e a ciência na arte, Alencar defende o Ultra-Romantismo, a emoção, chama à outra "excremento" e tende para a "democracia humanitária", "romantismo político". Craft e Carlos, como seres de cultura inglesa, defendem a arte como "idealização superior", de natureza clássica. Cohen diz que Portugal necessita reformas e Ega defende a invasão espanhola, o que leva a uma discussão com Alencar.
Durante o jantar diversos assuntos são abordados, entre eles, a política e a economia nacional. Estes e a literatura são os assuntos que vão gerar discussão, principalmente entre Ega e Alencar, que chegam a partir para a agressão. A presença de Tomás de Alencar neste jantar em honra de Cohen, foi usado pelo autor para demonstrar que a sociedade portuguesa ainda era dominada pelos valores tradicionais, e anteriores à regeneração, e em certa maneira para demonstrar que esta influência não deixava o país progredir.
Eça de Queiroz, deixa explicito que os empréstimos em Portugal constituíam uma das fontes de receita regular e indispensável do país criticando os ministros que apenas se importavam com os impostos e os empréstimos. Cohen, diretor do banco nacional, diz mesmo que a banca rota é inevitável, levando a que Ega se exalte.
A discussão tem início quando Cohen diz que Portugal necessita de Reformas, e Ega revela que Portugal necessita sim de uma invasão espanhola, Alencar como patriota e romântico, indigna-se com essa afirmação. Para Ega, era ridícula a prestação heróica dos patriotas que defendiam que Portugal era melhor que Espanha, Ega chega ao ponto de se referir a Portugal como a raça mais cobarde da Europa. A discussão continua, até que Craft atribui as culpas aos lisboetas, e Ega diz que Lisboa é Portugal. (pg. 173).
Dá-se outra discussão entre Ega e Alencar, desta vez sobre a literatura romântica e realista/naturalista, onde Tomás de Alencar, que é poeta, deixa duras críticas a um escritor realista, chamado Craveiro. Esta discussão atinge um patamar superior, levando a que Ega parta para a agressão.
Ainda antes das discussões, podemos observar a opinião que eles têm em relação ao fado quando o tratam como um crime, algo que hoje em dia não acontece.
Enquanto estes conversavam, ia saindo e entrando comida para a mesa que vinha sempre em grandes quantidades. Uma mesa enorme cheia de talheres, pratos, copos e as camélias que não poderiam faltar ali, servido nos seus pratos, grandes quantidades de marisco acompanhando sempre com um bom vinho. De seguida os empregados serviram então os cafés e assim termina o jantar no Hotel Central quando estes se levantam.
Eça de Queiroz explica através da descrição que faz à quantidade de comida e da sua qualidade, grandeza e importância dos jantares naquela altura para mostrar os exageros que as pessoas fazem em relação ao dinheiro, pois atualmente só em casamentos são feitos estas tão importantes descrições tal como Eça de Queiroz faz em relação ao jantar no Hotel Central.
Com este episódio, Eça de Queiroz pretendia criticar a política a e economia nacional, e é triste pensar que 130 anos depois a sua critica continua atual, uma vez que todos os dias ouvimos falar de aumentos de impostos e empréstimos no que toca à economia do nosso país. Talvez o nosso país não tenha evoluído tanto quanto pensamos, e talvez seja por isso que a obra deste escritor é tão atual, mesmo com mais de um século de diferença.
Catarina, Daniela e Inês, 11ºF
•Antes do
capítulo X :
O Carlos
começa a trabalhar num consultório(no seu próprio),mas tem pouco sucesso. Ao mesmo tempo uma brasileira chega à cidade. Carlos deseja conhecê -la.
Mais
tarde, ele é informado que a filha desta brasileira está doentе e,por causa disso,ele vai tratar a menina.
•Seção do
capítulo :
O
capítulo X "Corridas no Hipódromo " começa com o fato de que o personagem principal,Carlos, estava cansado da sua relação com a Condessa de Gouvarinho. Vemos isso na ação quando ela quer
encontrar com Carlos em Santarém, mas ele tenta recusar. A razão para isso é que a única coisa em que ele pode pensar é Maria Eduarda.
Durante a conversa com o marquês, Carlos aprende que a corrida será no próximo Domingo. Para Carlos, esta corrida é uma chance de encontrar com sua amada.
Num
dos jantares no Ramalhete, Carlos,com outras presentes lá conversaram sobre as Corridas do Hipódromo em Belém outra vez e Carlos conta o seu plano para se encontrar com Maria.
No
dia dos corridos , as pessoas interessadas fazem -se apostas,onde todos apostam contra um cavalo cujo nome é Vladimiro, quem será o vencedor, e graças ao quem,Carlos, que também fez
apostas, ganhou muito dinheiro. Mas ele não conseguiu alcançar o seu objetivo principal - não se encontrou com sua amada.
Ao
mesmo tempo, o pai da Gouvarinho faz anos e, por isso, ela tem de ir ao Norte. Nos sonhos de Condessa de Gouvarinho,juntos com Carlos seguirem no comboio até Santarém onde passaram a noite
juntos. Depois, ela vai ao Porto e ele regressa a Lisboa.
Na
verdade, o capítulo termina com o fato de que Carlos regressou ao Ramalhete sem ver Maria.
No
próximo capítulo Carlos acaba completamente por conhecê-la.
•
Personagens :
Os
seguintes personagens que estão presentes neste capítulo são:
-
Carlos da Maia.
-
Maria Eduarda.
-
Dâmaso Salcede.
-
Condessa de Gouvarinho.
- D.
Maria da Cunha.
-
Tomás de Alencar.
O
capítulo X mostra muitas novas características de Carlos; mostra que Carlos é bem educado, sensual ( podemos ver isto quando ele pensa em Maria) e muito patriótico ( porque apesar de viver
na Inglaterra, ele manteve os sentimentos patrióticos de um verdadeiro português, quando ele prefere desporto tradicional português - touradas).
•Questões
sociais :
Neste capítulo,
o autor abordou importantes questões sociais, como o contacto de Carlos com a alta sociedade e a visão caricatural do Hipódromo. O autor ridiculariza das pessoas que estão lá e não sabiam
ocupar os seus lugares. Também o autor descreveu as partes do hipódromo, como o buffet, que foi nojento. E um dos principais problemas descritos neste capítulo é a falta de cortesia e de civismo
da população local.
Mais uma
característica que o autor aponta é o desejo dos habitantes de imitar o estrangeiro. Observando isso, Carl diz : " O verdadeiro patriotismo, talvez (...) seria, em lugar de corridas, fazer uma
boa tourada".
Olena
O episódio antes de ido pelo início das relações entre Carlos e Maria Eduarda, uma vez que Carlos conhece Maria Eduarda depois de ter sido chamado a casa onde ela se encontrava instalada para consultar Miss Sara. Passa então a conviver com Maria visitando-se todos os dias. As personagens presentes neste capítulo são: os donos da casa, o conde e a condessa de Gouvarinho e os convidados são D.Maria, Sousa Neto e Ega.
Durante o jantar Ega percebido ignorância de Sousa Neto adota uma atitude provocativa fazendo uma espécie de interrogatório e revelasse crítico e sarcástico mas também atrevido. Ega por sua vez não gosta do interrogatório de Sousa Neto ficando incomodado mas procura esconder a sua ignorância. Carlos face a falta de inteligência de Sousa responde de forma muito rápida revelando-se falta de interesse em manter uma conversa sem inteligência. Os temas do jantar foram: As colônias em áfrica, a escravatura, as mulheres a falarem sobre os filhos, criados e cães, A Sociedade Protetora de Animais e A Sociedade Protetora da Geografia.
Em síntese, Carlos e Ega vão jantar a casa dos Gouvarinhos onde são recebidos pela condessa que estavas chateada por saber da sua relação com Maria Eduarda mas acabou por se reconciliar com ele e combinar um encontro amoroso. Durante o jantar o conde mostra-se ignorante e sem memória. D. Maria critica os diplomatas e Sousa Neto revela a sua ignorância. No dia seguinte ao jantar Carlos visita Maria Eduarda declara-se e é correspondido.
A crítica social presente neste episódio e critica a futilidade e a ociosidade da alta burguesia e da aristocracia, a ignorância de representantes de altos cargos políticos (Sousa Neto), a falta de conhecimento do estrangeiro e a incapacidade do conhecimento.
Emilly, Mara, Ana, Alin, João
Durante a leitura do episódio, apercebi-me de várias partes que faz a caracterização da sociedade portuguesa do séc XIX, um século em que os feitos sociais impediram o progresso e a renovação das mentalidades.
O jantar é marcado pela crítica social, mostrando a falta de preocupação, a ignorância, que revelam incapacidade de diálogo por manifestar falta de cultura por parte de pessoas da alta burguesia e aristocracia. Por exemplo, numa conversa entre D. Maria e Carlos, em que Carlos diz:
“Creio que não há nada de novo em Lisboa minha senhora, desde a morte do senhor D. João VI, afirmando deste modo que tudo permanece igual.
Também temos o Conde de Gouvarinho, político, uma pessoa retrograda, e que mostra em certas partes, falta de memória, e falta de compreensão á ironia de Ega, como por exemplo, quando Ega visa: “Os desconfortos da vida, segundo ele, tinham começado com a libertação dos negros”.
Vanderley, Henrique, Maxim,
O capítulo XV situa-se no desenvolvimento da obra. A ação decorre na Casa dos Olivais, ou como é referido na obra, na “toca” – esta casa simboliza o território de Carlos e Maria Eduarda. O capítulo pode ser divido em dois momentos: o episódio do jornal “A Corneta do Diabo” e o episódio do jornal “A Tarde”.
No primeiro momento, as personagens principais são Carlos da Maia e João da Ega. As personagens secundárias são: Dâmaso, Cruges e e Palma Cavalão. Este último é considerado ser uma personagem-tipo pois demonstra ser uma pessoa sem caráter, representando o símbolo do jornalismo de escândalo, feito por jornalistas imorais e corruptos.
Ega envia uma carta a Carlos que continha um texto que tinha sido publicado no jornal “A Corneta do Diabo”; este textoinsulta a relação entre Carlos da Maia e Maria Eduarda (ler o excerto). Carlos, furioso com a publicação do texto, decide ir para Lisboa com a finalidade de encontrar o autor e matá-lo; porém, muda de ideias depois de descobrir que Dâmaso foi o autor. Após a descoberta do autor, Ega e Cruzes vão falar com Dâmaso, dando-lhe dua hipóteses: bater-se num duelo com Carlos ou escrever outra carta desmentindo tudo o que referiu na carta anterior. Dâmaso aceita escrever uma nova carta, dizendo que o que tinha escrito antes foi culpa do seu estado de doença.
No segundo momento do capítulo a personagem principal é João da Ega, e as personagens secundárias são: Dâmaso, Raquel e Neves. Neves também é descrito como uma personagem-tipo, porque este influencia criticamente os leitores e revela parcialidade na decisão de publicar ou rejeitar artigos.
Este momento inicia-se depois de Dâmaso escrever a sua nova carta, que Carlos deixa ao cuidado de Ega, que por sua vez, com raiva de Dâmaso, decidiu publicá-la no jornal “A Tarde”.O diretor do jornal aceita publicar esta carta. O capítulo termina com os amigos íntimos de Carlos a aprovarem a publicação da carta, que alguns dias depois é esquecida.
A crítica principal deste capítulo é a falta de ética dos jornalistas juntamente com a corrupção económica motivada por interesses económicos.
Carolina, Ema, Pjhilippa, Vitoria
O capítulo XVI dos
Maias é dividido em duas partes, uma primeira onde é contado o episódio do Sarau do teatro da Trindade, e uma segunda parte após o fim do Sarau se dá uma grande revelação. Neste evento está
reunida a alta sociedade lisboeta para assistir a um evento de caridade. Esta cerimónia aconteceu após as inundações do rio Tejo, de modo a arrecadar fundos para as vítimas.
Neste Sarau tiveram
presentes as demais personagens (Carlos da Maia, Maria Eduarda, Ega, Rufino entre tantos outros) tendo sido Rufino, Cruges e Alencor os principais intervenientes.
Este primeiro,
Rufino é um orador sublime que prega sobre a caridade e o progresso, considerado um anjo da esmola e por Ega um dos maiores oradores da Europa. O seu discurso é de facto do agrado de todos, pois
este contesta dizendo que os homens de letras se deviam mostrar como são, filhos da democracia e liberdade.
Depois de Rufino,
interveio Cruges. Este tocou a "Sonata Poética" de Beethoven, contudo apesar de este ter tocado bastante bem, a sua atuação foi alvo de risos e de criticas, tendo inclusive a Marqueza de
Seutal tê-la chamado "Sonata Pateta". No fim, deram-se algumas palmas, moles de cortesia, entre alguns murmúrios de alívio. Isto mostra a mentalidade retrógrada da sociedade da época, pois
o público ignorou a arte de Beethoven e a sua importância.
Seguidamente veio
Alencar, que declarou a "democracia", depois de um moganão gordo elogiar a herança dos nossos avós num patriotismo exagerado. Alia poesia e política, defendendo uma política aliada ao
cristianismo. Opõe-se a ele Ega e o Conde de gouvarinho que chega a afirmar "numa festa de sociedade, sob a proteção da rainha, diante de um ministro da coroa, falar de barricadas, prometer
mundos e fundos às classes proletárias... É perfeitamente indecente!".
Com este episódio,
Eça de Queirós pretende criticar a falta de cultura e de espírito crítico e analítico da burguesia, pois de facto, a sociedade desta época era muito tradicionalista ignorando e troçando das
novas modernidade. Isto pode ver-se quando Ega diz após o discurso de Alencar "aquela democracia é desurda... Mas que os burgueses de dêem ares intolerantes, isso não! Então aplaudo
eu!".
Pedro, Armando, Jéssica, Mariana
CarolinaR, Claudia, SofiaS