Capítulo IV - algumas reflexões


Relação entre personagens – Tadeu e Teresa; Simão e Teresa.

Este capítulo IV é um bom exemplo para ver as relações entre as personagens. Por um lado, existe a relação familiar entre pai e filha – Teresa e Tadeu Albuquerque – e, por outro, existe a relação entre dois apaixonados – Simão Botelho e Teresa Albuquerque.

A relação de Tadeu e a sua filha Teresa é uma relação conflituosa e injusta. Acreditando que o casamento de sua filha com o Baltasar é o melhor (pois não aceita o amor entre Teresa e Simão), quando Teresa recusa-se a casar com o seu primo, Tadeu reage de uma forma negativa e impulsiva. Acaba por mandar Teresa para um convento, por ela não ter aceitado a sua proposta.

A relação entre Teresa e Simão é amorosa e infinita. Também se encontra um elemento de proteção entre estas duas personagens. O amor deles é apresentado de uma forma clara quando Teresa recusa-se a casar com Baltasar, pois sente que o seu amor por Simão é mais importante que a felicidade do seu pai. O capítulo mostra a qualidade impulsiva de Simão, a sua qualidade mais predominante, quando este recebe a carta de Teresa onde é lhe explicado a situação do casamento arranjado. 

Philippa, Armando, Pedro, João


O herói romântico na figura de Simão
Simão é mostrado como um jovem com atos impulsivos. Ao receber a carta de Teresa os primeiros sentimentos que surgiram foi ódio, fúria, raiva e vontade de matar o Baltazar. Depois de ler mais umas vezes, acalma-se e toma decisões razoáveis, mandando a carta para Teresa. 
Apesar dos primeiros sentimentos serem precipitados Simão é mostrado como um jovem que avaliava os seus atos numa situação crítica e capaz de tomar decisões importantes.
Simão não esperou e pediu que lhe preparassem o cavalo e quando chegou a carta de Teresa, ouviu e viu com o coração aos saltos o que se passava na casa dela pensando que era o casamento de Teresa e Baltazar.
Sendo assim, Simão é o herói romântico, luta cintra os preconceitos sociais e pelo seu amor. Valoriza os seus sentimentos, é corajoso, honesto e possuidor. Tem uma sensibilidade romântica, daí a sua frustação e revolta.A procura do ideal leva-o a ter atitudes menos responsáveis e impulsivas devido ao seu temperamento violento e muitas vezes refletido.
Ricardo, Tatiana, Marina, Olena

Simão Botelho recebe uma carta de Teresa onde esta escreve acerca das ameaças de Baltasar e as suas suspeitas de algum novo plano de violência.

Após ler a carta, este reage impulsivamente com intenções de matar Baltasar na sua própria casa.

Com uma terceira leitura, Simão pondera e já não pensava em matar o homem, em vez disso, resolve ir a Viseu, entrar de noite, esconder-se e ver Teresa.

Naquela noite, Teresa fazia anos e não refletiu quando lhe escreveu a carta. Quando este chegou a sua casa, ouviu música e não sabia o que se passava, o que lhe deixou incomodado e termina assim o capítulo.

Simão vive muito pelos sentimentos e não pela razão, como podemos ver nas suas ações e quando imagina vê-la naquela noite, o que fez com que seja um herói romântico.

Pedro, Alin, Catarina.


Códigos de época.

No capítulo IV é evidente o código rígido da sociedade da época, uma vez que Teresa é obrigada a escolher entre o casamento imposto com o seu primo Baltasar ou o seu futuro no convento.

  Algo que choca o leitor, é a violência que o pai de Teresa adquire quando esta respeitosamente, lhe nega algo que ele lhe pede. Este modo violento do pai é justificado como amor.

  A importância da opinião pública é algo valorizado na época, como podemos perceber com a reação de Baltasar Coutinho, quando posta a possibilidade de Teresa ir para um convento.

  Talvez a intenção do escritor fosse mudar a sociedade ao seu redor, e a verdade é que atualmente, muitos dos atos repressivos que exemplificámos não são habituais na maior parte dos países desenvolvidos. A questão do casamento imposto apenas é habitual em algumas etnias e religiões. Teresa é apenas uma adolescente, mas se esta história se passasse em pleno século XXI, provavelmente a sua reação não seria tão educada e a do seu pai não seria tão autoritária e bruta.

  Infelizmente, as aparências ainda são algo atual na nossa sociedade, não devido aos conventos, mas sim devido ao estilo de vida que as pessoas levam, algo visivel nas redes sociais. Por isso, é bom pensar que a sociedade continua evoluir, e que com o tempo melhorou a sua maneira de ver as coisas.

 

Ana, Daniela, Inês 


Relação entre personagens - pai e filha

 

No capítulo IV de “Amor de perdição”, o escritor apresenta um diálogo entre Teresa e Tadeu de Albuquerque onde é notório a relação entre pai e filha.

  De facto, no século XIX, era visível a existência de um código familiar onde o pai tinha poder autoritário sobre os restantes membros da família. Neste contexto, Tadeu esperava que Teresa o respeitasse na sua decisão de a casar com o seu primo Baltasar. O poder que este exercia sobre a sua filha pode-se verificar nas linhas 30-31, onde Tadeu diz “Mas repara, minha querida filha, que a violência de um pai é sempre amor”.

  Face a isto, quando Teresa desobedeceu  à vontade paterna, o mesmo sentiu-se desrespeitado e traído, ameaçando enviá-la para um Convento e deserdando-a.

  Hoje, no século XXI, temos diferentes perspectivas sobre este assunto pois deve haver respeito por parte de ambos. 

Carolina, Ema e Jessica


https://soundcloud.com/user-76483104/11f-ema

A obra como crónica da mudança social

 

No capítulo IV é evidente o código rígido da sociedade da época, uma vez que Teresa é obrigada a escolher entro o casamento imposto com o seu primo Baltasar ou o seu futuro no convento.

Algo que choca o leitor, é a violência que o pai de Teresa adquire quando esta respeitosamente, lhe nega algo que ele lhe pede, este modo violento do pai é justificado como amor. 

A importância da opinião pública é algo valorizado na época, como podemos perceber com a reação de Baltasar Coutinho, quando posta a possibilidade para ir para um convento.

Talvez a intenção do escritor fosse mudar a sociedade ao seu redor, e a verdade é que atualmente, muitos dos atos repressivos que exemplificamos não são habituais na maior parte dos países desenvolvidos. A questão do casamento imposto apenas é habitual em algumas etnias e regiões. Teresa é apenas uma adolescente, se esta história se passasse em pleno século XXI provavelmente a sua reação não seria tão educada e a do seu pai não seria tão autoritária e bruta. 

Infelizmente, as aparências ainda são algo atual na nossa sociedade, não devido aos conventos, mas sim devido ao estilo de vida que as pessoas levam, algo visivel nas redes sociais. Por isso, é bom pensar que a sociedade continua evoluir, e que com o tempo melhorou a sua maneira de ver as coisas.

Ana, Daniela, Inês 

Ligação a audio deste texto:

https://soundcloud.com/user-76483104/11f-ema

A obra como crónica da mudança social  (IV):

Inicialmente a Teresa pensa que vai a primeira missa paroquial de domingo, coreia surpreendida com a ideia de que se irá casar com o seu primo Baltazar no mesmo dia.

No início do diálogo entre pai e filha o pai está sereno, amável e iludido com ideia de que a filha não se importa com o casamento, que está desassombrada, completamente livre, mas de certa forma tem noção do que o que está a fazer não é totalmente do agrado de Teresa quando diz  “ Mas repara, minha querida filha que a violência de um pai é sempre amor.” E o que o autor pretende fazer com esta fala, também,  é chocar os leitores pois o pai justifica a violência com o amor.

Continuando com a ideia de chocar os leitores o autor no fim do diálogo entre pai e filha, onde o pai já mais irritado com o facto de Teresa continuar a renegar um relacionamento com o seu primo volta a ameaça-la de que a vai mandar para um convento e que a irá deserdar quando diz “Hás de casar! Quero que cases! Quero!... Quando não amaldiçoada serás para sempre, Teresa! Morrerás num convento! Está casa irá para o teu primo! (…) não me pertences, não és minha filha, não podes herdar apelidos honrosos (…) Entra nesse quarto, e espera que daí te arranquem para outro, onde não verás um raio de sol.”

Outro lado de bastante chocante e quando Baltazar diz ao seu tio para não mandar Teresa para o convento uma vez que isso estragaria a  imagem da família, pois no século IX era preferível manter as aparências perante o público do que uma relação saudável entre os membros de uma família.

Esta situação apesar de ser visível em certas culturas como por exemplo a etnia cigana e os indianos onde as crianças/adolescente como Teresa são obrigados a casar se numa idade muito precoce, já não é muito comum. Não vemos um pai obrigar a filha a um relacionamento que não quer apenas para manter as aparências e ainda menos um pai a ameaçar de deserdá-la e mandá-la para o convento por algo que não aprova e justificar a violência como sendo amor.

Emilly, Alin, Mara


Da turma 11º G.


A meio do capítulo IV podemos observar a relação entre pai e filha no século XIX.

Tadeu era um pai autoritário que se guiava pelos valores da época não valorizando a vontade individual de Teresa ("É preciso que te deixes cegamente levar pela mão de teu pai"). Este achava que o melhor para Teresa seria casar com o seu primo Baltazar, visto que o amor entre Teresa e Simão era um amor proibido tendo em conta a rivalidade entre as famílias (" (...) diabólico prestígio do maldito que acordou o teu inocente coração).

Através do diálogo é claro o conflito entre pai e filha. Tadeu utilizava a chantagem psicológica para convencê-la de que isto era o melhor para ela ("Logo que deres este passo difícil, conhecerás que a tua felicidade é daquelas que precisam de ser impostas pela violência").

Tadeu não considerava esta situação um abuso de poder pois achava que "a violência de um pai é sempre amor".

A reação de Teresa foi de acordo com aquilo que já se sabia, defendendo sempre a individualidade e não sabia muita importância ás ameaças de seu pai como podemos verificar.

Beatriz, Bárbara M, Iara, 11ºG


Amor de Perdição- Amor na atualidade

 A relação amorosa de Simão e Teresa tem algumas semelhanças, com as relações amorosas da atualidade por mais pequenas que sejam, elas existem. Este amor é tão bonito e intenso que acaba por ser triste e trágico. Desde da mameira como são separados pelas intrigas familiares e como o amor deles acaba tragicamente.  

Tal como hoje ainda acontece, porem não com tanta frequência. O amor dos dois jovens não foi bem aceite pelos pais de ambos, pois estes eram inimigos mortais. E desde modo, não aceitavam que os seus filhos tivessem um caso amoroso.

Hoje em dia quando este tipo de situações acontece é mais fácil, para ambos os jovens se encontrarem e manterem uma relação em segredo, sem que os pais descubram. Mas no século XIX, as coisas já não eram bem assim, era muito mais difícil para os amantes se encontrarem as escondidas, sem que fossem de algum modo apanhados, quer pelos pais ou por qualquer outra pessoa. A única maneira que tinham na altura para manter contacto, era através de cartas ou moços de recado. Desta forma consigam, por mais raras as ocasiões, de se encontrarem.

Sendo que Simão e Teresa, trocavam sempre cartas para manterem a ligação. Numa dessas trocas, Simão recebeu uma carta da sua querida amada. Nessa carta Teresa conta a Simão que, o seu pai queria obrigá-la a casar-se à força toda, com o seu primo Baltazar. Simão ao ler aquelas palavras ficou cego de ira, ao ver o que estavam a tentar fazer, para destruir o amor que os unia. O primeiro pensamento do jovem foi, matar Baltazar. Mas passado pouco tempo, e refletindo um pouco, acabou por decidir não matar Baltazar, porque se o fizesse acabaria por ser condenado à prisão e iria perder Teresa para sempre.

 

Hoje em dia também são muitos os casos em que as pessoas matam por amor, pelo um amor ciumento, completamente possessivo e controlador. Que não são por motivos nobres e puros. Sendo que o coração assim manda, como no caso de Simão e Teresa. Hoje em dia as pessoas esquecem-se do que é amar com leveza e simplicidade, como acontece neste romance. Do que é um amor, que nasceu de uma simples causalidade da vida, que foi onde os seus olhos se cruzaram e se apaixonaram. É desta simplicidade de que se retrata na história. Hoje amar é difícil, porque requer muita coragem como a destes dois amantes. Requer bondade, bravura e intensidade de ambas as partes. Requer corações puros de espirito e alma, e não amores fracos e rasos. Amar é quando há aquela faísca, aquele alguma coisa no olhar. As pessoas esquecem-  -se disto, e isso sim é triste, sendo que Amor de Perdição vem a retrata isso. Porque na nossa atualidade, há mortes desnecessárias no amor. Mortes estas que poderiam ser evitadas, se as pessoas soubessem amar de verdade como Simão e Teresa. E não ficarem com ciúmes e tomarem decisões precipitadas e erradas, que mais tarde se vem a arrependerem.

Carolina R, Cláudia, Sofia S


No capítulo X dá-se a mudança


As personagens.

As personagens que constituem o excerto deste clássico "Amor de Perdição" são Simão Botelho que era aparentado como um jovem de 17 anos de temperamento violento e leva uma vida agitada em constantes lutas e problemas que são desaprovados pela sua mãe e irmão mais velho mas mantendo uma relação com o seu pai que sentia orgulho no filho e com a sua irmã mais nova Ritinha que era a sua confidente. Para além de Simão , outra personagem era Mariana, era uma rapariga pobre do campo que tem sido considerada a personagem mais romântica da obra "Amor de Perdição" pois independente do amor forte de Teresa e Simão ela o amava incondicionalmente e fazia tudo por ele. João da Cruz é a terceira personagem de destaque neste excerto, pai de Mariana, era a personagem mais sensata que representa a visão do autor a respeito das gentes rurais em Portugal. Mariana e João da Cruz utilizam uma linguagem espontânea nos seus diálogos. "Meu pai! Não lhe dês esses conselhos" "Cala-te aí rapariga!(...) Não és aqui chamada."(ll. 42,43,44). A relação de Simão e João da Cruz é de aceitação e João da Cruz tenta aconselhá-lo. A relação de Mariana e Simão era um amor não correspondido por parte de Simão.

Este excerto divide-se em três partes. Na primeira, Simão fala com Mariana e João da Cruz que o aconselha na segunda parte Simão, ao encontrar-se sozinho, escreve uma carta dirigida a Teresa. Na última parte Mariana e João da Cruz despedem-se de Simão.

Podemos encontrar na carta escrita por Simão a crítica que Camilo Castelo Branco fazia do retrato da época que chama à atenção para os preconceitos, as imposições familiares e os tabus sociais.

Mariana e Victoria 


No capítulo x as personagens principais são: Mariana e Teresa que se dão a conhecer pela primeira vez. Ambas são apaixonadas por Simão. Contudo, ao contrário de Teresa, a jovem Mariana já ouvira falar desta pois é ela a interlocutora das cartas que Simão e Teresa trocam.

Para além de Teresa e Mariana, há ainda outras duas personagens secundárias: o padre cautelão que se manifesta no primeiro momento do capítulo e Joaquina no segundo.

1º Momento – É nos retratada uma crítica às ordens religiosas da época, pois neste mosteiro onde Teresa era cativeira não eram respeitados quaisquer votos de castidade, padres, madres preocupavam-se com os seus negócios ao invés da salvação das almas, e chegavam até a mandar piropos às donzelas.

2º Momento – Mariana vai ao convento e procura Teresa pis tem um recado para lhe dar. Ao encontrar uma freira que se chama Joaquina, interroga-lhe sobre Teresa e pergunta se pode falar com ela, a pedido de simão o filho do corregedor, e Joaquina consegue ajudá-la (Camilo Castelo Branco, mostra um retrato social da época quando Mariana tenta comprar Joaquina, dizendo … “Não to posso dizer porque não sei… Queria dar-lhe um papel faz com que ela cá venha, que eu dou-te chita para um vestido…”

 

3º Momento – Mariana apresenta-se a Teresa como a portadora da carta de Simão. Contudo Teresa diz-lhe que não lhe consegue escrever de volta e por isso pede a Mariana para lhe dar o recado para Simão não ir ter com ela pois era perigoso. Em troca deste favor, Teresa oferece o seu anel de ouro a Mariana porém esta recusa mostrando ter um caracter nobre.

Ema, Carolina, Jessica


No Capítulo X de “Amor de Perdição, depois do encontro entre Mariana e Teresa, e antes de Simão ser preso, encontramos o excerto escolhido pelo grupo para trabalhar.

  As personagens presentes nesta parte são Simão, Mariana e João da Cruz. João da Cruz é pai de Mariana, esta é apaixonada por Simão, no entanto este apenas a vê como amiga e conselheira.

  Neste capítulo, é percetivel o retrato da época feito por Camilo Castelo Branco, este dá enfâse à desvalorização da mulher, principalmente por parte de João da Cruz quando ele diz “Mulheres há tantas como a praga, e são como as rãs do charco, que mergulha uma, e aparece quatro à tona da água”, e quando este se dirige à sua filha, desvalorizando a sua opinião “Cala-te aí, rapariga! (...) Não és aqui chamada”.

  Camilo utiliza Mariana para demonstrar o carácter religioso da época, uma vez que são frenquentes os termos religiosos que esta usa, como “Nossa Senhora” e “Juízo Final”. O autor tenta assim demonstrar a importância da religião, justificando a importância do casamento imposto a Teresa.

  A diferença de estatuto entre Simão, João da Cruz e Mariana, é algo muito presente no texto camiliano. Este usa os vocativos para acentuar a diferente posição na hierarquia social da época, como por exemplo o vocativo usado por João da Cruz para se referir a Simão: “Senhor Simão”, ”Fidalgo”; Mariana trata-o da mesma maneira, já Simão trata-a com educação, ora por “Menina” ora por “Senhora”.

   No diálogo de João da Cruz e Simão, o autor demonstra o caráter de justiça pessoal, também próprio da época.

  Este excerto divide-se em várias partes, começa com a mensagem de Teresa, que Mariana transmite a Simão, de seguida dá-se o diálogo entre João da Cruz, Mariana e Simão, sucedendo-se a carta de Simão para a amada Teresa. Este excert acaba com o diálogo entre Simão e Mariana, onde esta prevê o presságio, e com a partida de Simão Botelho.

 

Ana, Catarina, Daniela 


Mariana e Simão

Mariana, filha de João da Cruz, amava em silêncio Simão, mulher mais velha de 24 anos, criada no campo, pertence à classe social mais popular. É fiel ao meu amado e controla obstinadamente o seu ciúme. É a personagem que mais sofre no romance, é uma das personagens que nunca se realiza sentimentalmente.
É uma personagem diferente, rara, pois dedica-se a um homem que sabia muito bem estar louco por outra.

Aos olhos de Simão, Mariana começou por ser uma espécie de mãe, em quem podia confiar plenamente, pois era ela quem o ajudava a manter contanto com Teresa. Mariana para ajudar o seu amado teve que superar o sentimento que sentia.

No capítulo X, Mariana dá um recado a Simão que Teresa lhe pediu, onde ela diz que se vai mudar para o convento de Monchique no Porto, diz para este não ir ter com ela ao convento mas sim quando estiver no Porto que é mais seguro.  Mas Simão não ficando satisfeito com o pedido da sua amada diz " Eu hei de vê-la antes de partir para Coimbra". Mariana como ama Simão de uma maneira que não dá para explicar diz para este não ir, pois sabe que algo de muito grave irá acontecer. 

No discurso de João da Cruz, pai de Mariana, são visíveis marcas da época como por exemplo " Senhor Simão", este também usa muitos provérbios e ditados populares tais como "o mal dos meus burrinhos o fizera alveitar". 

João da Cruz tenta fazer com que Simão desista da ideia de ir ter com Teresa, dando-lhe alguns conselhos, dizendo-lhe para a deixar, como se verifica " Deixe-a ir com Deus ou com a breca, que ela se tiver de ser sua, à mão lhe há de vir dar". Mas por outro lado também lhe diz que se for mesmo o seu desejo ir ver Teresa que este o ir acompanhar juntamente com alguns homens " Se o senhor quer sair à estrada e tirar a tal pessoa ao pai"... " eu vou montar na égua, e daqui a três horas estou de volta com quatro homens, que são quatro dragões".  

Mariana não concordando com as palavras de seu pai diz " Meu pai! Não lhe dê esses conselhos!", mas Simão diz para Mariana não se preocupar que ele irá fazer o que a honra e o coração o aconselharem, deste modo é possível ver como ele é um homem romântico, pois faz o que o coração lhe diz e não o que a razão o manda fazer.  

Mariana enquanto está a pôr a mesa diz " É a última vez que ponho a mesa ao Senhor Simão em minha casa!", ao dizer estas palavras verificar-se que Mariana sabe que algo de muito grave está por vir.  E deste modo começa a chorar "Choro, porque me parece que não tornarei a ver", tem medo que algo de mal aconteça com o seu amado. E assim pede para este não sair "Não saia esta noite, nem amanhã."

Ela num ato desespero por ver que Simão não lhe estava a dar ouvidos, pede ajuda a seu pai que de nada lhe serviu pois este acabou por ir atrás de Teresa, as últimas palavras entre os dois jovens foram " Até ao Juízo final" disse Mariana e logo Simão lhe respondeu " O destino há de cumprir-se...Seja o que o Céu quiser."

Carolina R, Cláudia, Sofia S


Mariana apaixona-se por Simão, embora saiba que esse amor jamais poderá ser correspondido, seja pelo facto de Teresa dominar o coração do rapaz, ou por ele nao se aperceber de que mariana gosta dele, seja pela diferença social referida no texto que representa o retrato da epoca por Camilo castelo branco, por exemplo, ela nao o trata pelo nome, trata-o por “senhor”. Ela era de condição humilde, filha de um ferreiro. Mesmo assim, ama a tal ponto de encontrar felicidade na felicidade do amado porque ele entregava as cartas dele para Teresa e fazia a correspondêcia deles mesmo estando apaixonada.

Simao ao receber o recado que Teresa pediu para Mariana lhe dar, tentou ir ter com ela antes que ela fosse embora com Baltasar para o porto.

Ao longo deste acontecimento João da cruz dá conselhos a Simão, dizendo que como ele tinha pertencido a classe social alta poderia arranjar outra mulher facilmente e que nao valia a pena fazer o que iria fazer, mas por outro lado apoia-o no que ele vai fazer, porque no seu lugar fazia o mesmo.

Mariana com isto tudo fica desesperada por Simão  querer ir embora.

No acontecimento da historia, acontece um incidente e Simão é preso por matar Baltasar, e mariana quer e vai com ele.

 

Numa ultima carta de Teresa esta lhe diz que estava apaixonada por ele e que seria a ultima carta dela. Ele fica muito triste e numa noite morre pela sua doença e Mariana desolada morre com ele jogando se ao mar para junto do seu amado juntamente com todas as cartas que Teresa e Simão tinham trocado.

Sara, Alice, Liliana


Crónica social.

No primeiro momento, Camilo, critica a igreja e as figuras da Igreja quando refere que o padre e a madre superiora estão a beber um copo de vinho, o padre está a comentar e mandar piropos a uma jovem, Mariana como podemos ver quando diz " -Que boa moça!- disse o padre capelão, que estava no raro lateral da porta, praticando com a prioresa, acerca da salvação das almas, e dumas ancoretas e dia  de vinho do pinhão que ele receberá naquele dia, e do qual tinha engarrafado um almude, para tonizar o estômago da prelado." No entanto estes deveriam de representar a pobreza e o celibato. Para além disso Camilo dá a entender que ninguém está no convento por fé. O segundo momento acontece quando Mariana está a dialogar com o Padre, ela apenas quer falar com a amiga, enquanto que o mesmo continua a querer obter informações sobre ela. No terceiro momento Mariana pede a uma amiga, Joaquina, para falar com a jovem fidalga, Teresa. No quarto momento Mariana transmite finalmente a mensagem de Simão a Teresa. No último momento Mariana demonstra sentimentos de tristeza, como e possível verificar no seguinte excerto " E o coração da pobre moça , avergando ao que a consciência lhe ia dizendo, chorava "

Mariana é uma jovem do povo que se apaixona por Simão ao ponto de escolher morrer; a maneira romântica aparece em contraste com Teresa. Esta, que é vista como a heroína da história, é uma figura tímida que se deixa morrer. Mariana, por sua vez, intervém na ação de um forma decisiva, o seu suicídio. Teresa deixa-se morrer, há quem diga que a verdadeira heroína é na verdade Mariana.

 

A relação entre Mariana e Teresa é clara: Mariana sente inveja de Teresa, pois queria ser amada profundamente por Simão como ela, quando diz “Será aquela?- perguntou Mariana ao seu coração, que palpitava- Se eu fosse amada como ela!...” e, “ Não lhe bastava ser fidalga e rica: é, além de tudo linda como nunca vi outra!”

Emilly, Alin, Mara 


Teresa e Mariana.

O capítulo X pode ser dividida em quatro momentos diferentes. O primeiro momento compreende a chegada de Mariana ao convento, onde está situada Teresa, enquanto espera pela sua amiga Joaquina. Neste momento destacam-se dois diálogos: o primeiro entre o padre João e uma freira, onde ambos falam sobre a Mariana, dizendo que ela é uma boa moça; e, o segundo, onde o padre João faz conversa com a Mariana, tentando descobrir de onde ela veio. O primeiro momento vai do início do capítulo até à linha 23.

O segundo momento passa-se quando a Joaquina vai falar com Mariana; no seu diálogo, elas falam de Teresa e Joaquina tenta perceber porque é que a Mariana veio visitá-la. Este momento vai da linha 24 à linha 74. O terceiro momento abrange as linhas 75 a 99 e, é neste momento que Mariana e Teresa se conhecem pela primeira vez. Mariana entrega a carta de Simão a Teresa e esta explica que não pode lhe escrever uma resposta mas, diz o seu recado a Mariana e confia nela para entregar a mensagem a Simão. Estas falam mais de Simão antes de serem interrompidas pela Joaquina que avisa Teresa que a madre superior está à sua procura – assim, Teresa despede-se de Mariana e volta para dentro do convento.

No quarto e último momento existe apenas o diálogo entre Mariana e Joaquina, onde esta tenta convencer Mariana a explicar-lhe o que se está a passar. Mariana não diz nada à amiga mas promete-lhe voltar para explicar a situação. O momento vai da linha 100 até ao final. No fim do capítulo existe uma pequena parte onde Mariana expressa os seus sentimentos para com a Teresa, descrevendo-a como muito bela.

 

Mariana apresenta sentimentos de inveja e respeito em relação a Teresa. Mariana possui sentimentos de inveja porque Teresa é amada profundamente por Simão, e Mariana, que ama Simão, quer um relacionamento com ele. Expressa respeito com Teresa, pois dirige se a ela como “minha senhora”. Por sua vez, Teresa não expressa sentimentos em relação a Mariana senão um sentimento de agradecimento por esta lhe ter entregado a carta.

Philippa, Armando, Pedro, João


Ligação a gravação de textos sobre o capitulo X